Qual o sentido da vida?
Nem só de serpentinas vive um folião, mas também do papo furado sobre o sentido da vida num churrasco animado... Pois bem senhoras e senhores pobres leitores deste blog deparei-me com esta interrogação profunda e mal compreendida do devir humano em pleno feriado de carnaval.
Há diversas maneiras de se tratar desta inquietação humana. De todas as maneiras possiveis de encara o problema, a resposta mais honesta é: não sei! E ninguém sabe... Concordo que há outras respostas tão evasivas quanto, porém mais reconfortantes – vamos explorar estas possibilidades a seguir – e é claro há resposta charlatãs expressas nos livros de auto-ajuda que se não são honestas nem reconfortantes, no entanto, servem para deixar alguém rico com a venda de livros ou com palestras à torto e à direita.
O fato, caro leitor, é que neste caso a resposta mais simples e honesta também me parece a mais verdadeira: a vida não tem mesmo sentido. Mas, antes de cortarmos os pulsos vamos pensar que muita gente passa por essa vida de modo integro e até mesmo feliz. Então o que fazem com a vida "vazia" ou sem sentido?
A verdade é que esta pergunta me assombrou por uns dias. "Não sei" é uma resposta reconfortante, encerra a questão e permite que não pensemos mais no assunto; mas não dá encaminhamento ao problema. Portanto, se não temos uma resposta clara, é possivel pelo menso avançar no problema.
Descartemos desde já o besteirol da autoajuda. Coisas do tipo: “a vida é a busca da felicidade” é tão vago quanto “Crescei-vos e multiplicai-vos” – pé de couve também cresce e multiplica. E se o sentido da vida fosse a busca pela felicidade a fila de emprego pra ser palhaço estaria bombando. Nem uma coisa nem outra... e todas as frases de efeito já descartamos por analogia...
Pensando sobre o assunto e no auge de conversas com amigos na crise dos trinta e poucos, alguns avanços puderam surgir... tenho aqui minhas considerações que divido com você leitor, mas que cada um teça sua própria teia de respostas...
A verdade é que esta pergunta me assombrou por uns dias. "Não sei" é uma resposta reconfortante, encerra a questão e permite que não pensemos mais no assunto; mas não dá encaminhamento ao problema. Portanto, se não temos uma resposta clara, é possivel pelo menso avançar no problema.
Descartemos desde já o besteirol da autoajuda. Coisas do tipo: “a vida é a busca da felicidade” é tão vago quanto “Crescei-vos e multiplicai-vos” – pé de couve também cresce e multiplica. E se o sentido da vida fosse a busca pela felicidade a fila de emprego pra ser palhaço estaria bombando. Nem uma coisa nem outra... e todas as frases de efeito já descartamos por analogia...
Pensando sobre o assunto e no auge de conversas com amigos na crise dos trinta e poucos, alguns avanços puderam surgir... tenho aqui minhas considerações que divido com você leitor, mas que cada um teça sua própria teia de respostas...

Nas sociedades modernas prezamos pela liberdade. Isso nos dá o direito de individualizarmo-nos. Podemos, enfim, ao escolher, diferenciamo-nos das outras pessoas. Isso inclui o que fazemos da nossa vida. Mas, isso também nos torna reféns dessas escolhas. Fato que nos torna diferentes dos nossos ancestrais. A vida em comunidades primitivas é mais básica e o sentido é único: preservar o grupo. Não há opções, a vida é mais clara e mais simples. Porém, não há escolha ou individuação. Porque o grupo depende de papeis previamente definidos e de uma sociabilidade que envolve todos os membros.
Nossa sociedade moderna produz um excedente absurdo. Se hoje podemos escolher sermos mais individualistas, ou individuais, buscar metas e projetos próprios é porque hoje a sociedade não depende da boa vontade de cada individuo, a sociedade tem formas de organização que vão além dos indivíduos. Neste caso, dada a complexidade de formas de sociabilização, liberdades de escolha dentre as tantas opções do ser, também não há uma única forma de realizar-se.
O que quero dizer é que o vazio do sentido da vida tem a ver com a liberdade que temos de dar às nossas próprias vidas um sentido a ela. (Ou de não nos dar sentido nenhum para viver). O problema de não darmos a vida um sentido é que acabamos por perdermos todo e qualquer impulso para realizações. Sem duvidas as pessoas, todas, passam por um mecanismo de desejo e realização. Vou atrás do que desejo – ou do que a sociedade deseja que eu deseje. Mas, se a sociedade não espera nada de mim e eu próprio não dou um sentido para minha presença em sociedade, o mecanismo desejo-realização falha e tenho pouco ou nenhum estímulo para a ação social.
Quando acordo cedo, tenho que ter um motivo – seja meu ou seja porque alguém se incomoda por eu dormir até mais tarde. Mas, se não tenho um motivo próprio ou uma satisfação à dar, até mesmo levantar de uma cama passa a ser difícil.
Chegar a essas conclusões não ajuda a responder a pergunta a respeito do sentido da vida, mas evidentemente, não é a vida que nos cobra um sentido... temos que admitir que o sentido da vida é uma construção que um dia já foi social, mas que hoje é individual. E enquanto individuação, cabe a nós mesmos darmos sentido a nossa vida. Assim, chegamos aonde o problema começa...
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