Sempre tive uma certa frustração enquanto cientista social: não tenho laboratório. Fico com aquela sensação estranha por não tenho um lugar onde eu possa fazer as mais estranhas experiências sem o devido isolamento de “fatores externos”. Os físicos, os químicos, os biólogos, todos podem fazer aquele tipo esteriotipado de cientista com guarda-pó, óculos, cabelo espatifado nos laboratórios, com direito a tubo de ensaio, acelerador de partículas, explosões e fórmulas secretas. Mas, o cientista social não. Essa história de isolar nosso objeto do meio é sonho de uma noite de verão. Coisa que leva gente até mesmo a duvida que cientista social é cientista.
Supondo que a idéia de um laboratório é reproduzir a realidade em condições ideais, aplicar uma hipótese metodicamente organizada, avaliar resultados e interpretar regularidades, fica difícil fazer um laboratório do comportamento social. Principalmente porque a sociologia entende justamente que é a sociabilidade o objeto de seu estudo. Isolar qualquer pessoa ou comportamento do seu meio é justamente retirar um dos fatores mais importantes do objeto das ciências sociais: a ordem social. A ordem social é historicamente construída, numa vasta sucessão de tentativas e erros. Assim, outro elemento fundamental dos sociólogos é a história.
Mas, como fazer pesquisas em um laboratório se justamente o que faz um investigador das ciências duras é criar teorias retirar a historicidade de qualquer elemento? Portanto, o papel do sociólogo enquanto cientista é encontrar regularidades no comportamento social numa condição completamente adversa em relação aos seus pares de outras ciências; sem usar laboratórios, mas com as condições sociais existentes. Esta ciência tem como fundamento gerar teorias que respeitem os fatos sociais ao mesmo tempo em que encontra na história da humanidade fatores que permitam aproximar e/ou distanciar relações sociais das regularidades necessárias pelos métodos de construção científica.
Mas, engana-se quem acha que ao ter plena consciência das diferenças entre as ciências sociais dos seus pares que tramitam nas questões da natureza reduz minha frustração ou a tende ao zero. Pelo contrário: fico ainda mais curioso a respeito de quais as condições para desenvolver a sociologia ao status de uma ciência aplicada.
Idéias não faltam, mas as condições são estranhas. Confesso que me fascino com cada novo fracasso ao tentar fazer experiências sociológicas. Este artigo é a história de um das minhas mais recentes tentativas de isolar os elementos externos e fazer da sociologia uma ciência provida de instrumental analítico e regras axiológicas.
Supondo que a idéia de um laboratório é reproduzir a realidade em condições ideais, aplicar uma hipótese metodicamente organizada, avaliar resultados e interpretar regularidades, fica difícil fazer um laboratório do comportamento social. Principalmente porque a sociologia entende justamente que é a sociabilidade o objeto de seu estudo. Isolar qualquer pessoa ou comportamento do seu meio é justamente retirar um dos fatores mais importantes do objeto das ciências sociais: a ordem social. A ordem social é historicamente construída, numa vasta sucessão de tentativas e erros. Assim, outro elemento fundamental dos sociólogos é a história.
Mas, como fazer pesquisas em um laboratório se justamente o que faz um investigador das ciências duras é criar teorias retirar a historicidade de qualquer elemento? Portanto, o papel do sociólogo enquanto cientista é encontrar regularidades no comportamento social numa condição completamente adversa em relação aos seus pares de outras ciências; sem usar laboratórios, mas com as condições sociais existentes. Esta ciência tem como fundamento gerar teorias que respeitem os fatos sociais ao mesmo tempo em que encontra na história da humanidade fatores que permitam aproximar e/ou distanciar relações sociais das regularidades necessárias pelos métodos de construção científica.
Mas, engana-se quem acha que ao ter plena consciência das diferenças entre as ciências sociais dos seus pares que tramitam nas questões da natureza reduz minha frustração ou a tende ao zero. Pelo contrário: fico ainda mais curioso a respeito de quais as condições para desenvolver a sociologia ao status de uma ciência aplicada.
Idéias não faltam, mas as condições são estranhas. Confesso que me fascino com cada novo fracasso ao tentar fazer experiências sociológicas. Este artigo é a história de um das minhas mais recentes tentativas de isolar os elementos externos e fazer da sociologia uma ciência provida de instrumental analítico e regras axiológicas.

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