
O caso é que outro dia eu fui comprar um sapato novo dado o estado lastimável do meu anterior. Na loja procurei, como todo cidadão ciente das suas limitações técnicas e financeiras, o melhor custo/benefício. Pois bem, em um dos sapatos experimentados eu gostei do que o vendedor me apresentou. Coloquei no pé, firmei no chão, levantei dei dois passos. Já na volta, sentando novamente e retirando para experimentar, perguntei o preço. Era um pouco mais caro que a média e eu questionei o “por quê?”.
Háaa, mas este é democrata né, é outro esquema... Democrata? Pensei eu, que porra a democracia tem a ver com isso? Será que ele quis dizer que é mais fino, aristocrata, modelo de aristocracia, ou coisa assim... Bem, enquanto eu franzia a testa, e fazia mil conjecturas sobre democracia, república, aristocracia, regimes de poder e costumes, o vendedor calmamente ressaltava as qualidades do sapato. Olha só, ele é forrado por dentro com couro de carneiro, macio, resistente, com a sola antiderrapante e flexível... bláblábláblá. E eu ouvia tudo aquilo sem a menor atenção. Só processava o raciocínio da relação entre os termos da ciência política e o sapato democrata/aristocrata.

(dias depois me veio uma dúvida à cabeça: qual será a marca do sapato atirado pelo jornalista iraniano em George W. Bush?)
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