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A capa das principais revistas e jornais desta semana explorou o tema do aborto. Muita gente esta ligando o assunto eleitorial à religião. Discordo. O tema está ligado a um motivo pelo qual a classe média encontrou para não votar em Dilma.
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Se olharmos o mapa das intenções de votos, não são nos grotões sem escolaridade e fortemente influenciáveis por pastores evangélicos ou pastores católicos que a petista perde votos. São nos grupos de classe média e nova classe média, com escolaridade igual o superior ao segundo grau e renda superior a cinco salários que Dilma perde.
Se olharmos o mapa das intenções de votos, não são nos grotões sem escolaridade e fortemente influenciáveis por pastores evangélicos ou pastores católicos que a petista perde votos. São nos grupos de classe média e nova classe média, com escolaridade igual o superior ao segundo grau e renda superior a cinco salários que Dilma perde.
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O ponto voltou um mes e meio atrás quando Dilma não roubava votos da reserva de mercado conservadora. O que houve foi que em dado momento os conservadores não viam em Serra uma fonte confiável. Agora o veem. Somadas: a rejeição a Dilma e ao PT e a identificação conservadora que agora se faz ao Serra, a diferença fica um pouco mais apertada.
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O ponto voltou um mes e meio atrás quando Dilma não roubava votos da reserva de mercado conservadora. O que houve foi que em dado momento os conservadores não viam em Serra uma fonte confiável. Agora o veem. Somadas: a rejeição a Dilma e ao PT e a identificação conservadora que agora se faz ao Serra, a diferença fica um pouco mais apertada.
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Pobres ainda estão fortemente influenciados pelas políticas sociais do governo Lula. As campanhas sobre aborto e homofobia têm pouco espaço nesses lugares. Em uma semana, mais de 95% dos eleitores vão dizer que não mudam seu voto e o segundo turno provavelmente tem um cenário sólido e sem mudanças. Já não terá mais influencia a campanha ou a mídia.
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Durante estaa semana o Blog vai discutir dois assuntos relacionados ao eleitorado. Primeiramente (quarta) vamos explorar o Brasil e suas diferenças. Não vejo um Brasil, nem dois Brasis – pobres e ricos – mas, pelo menos três Brasis e com esse país se divide de tempos em tempos nas questões eleitorais.
Durante estaa semana o Blog vai discutir dois assuntos relacionados ao eleitorado. Primeiramente (quarta) vamos explorar o Brasil e suas diferenças. Não vejo um Brasil, nem dois Brasis – pobres e ricos – mas, pelo menos três Brasis e com esse país se divide de tempos em tempos nas questões eleitorais.
No segundo artigo, na sexta feira, vou tratar da demissão da Jornalista Maria Rita Kehl depois de publicar o famoso artigo “Dois Pesos...” e ser demitida do jornal O Estado de São Paulo. Falando francamente: como pode a elite ser tão torpe nesse país?
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Acho que o debate eleitoral não devia pautar-se em questões morais. Não, pelo menos enquanto as questões sociais e de desenvolvimento são tão urgentes no país. Acho que dificilmente a questão moral se torne decisiva. Mas, mostrou a que veio: fez Serra finalmente se reconciliar com o eleitor conservador.

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O PT é fruto do seu próprio sucesso econômico. Promoveu políticas que tirou muita gente da situação de pobreza e incerteza econômica, transformou-os em classe média. E agora, como sempre é penalizado em São Paulo, tem pago os custos de promover o crescimento de uma classe média que rejeita as políticas sociais e investe em moralismos.
O PT é fruto do seu próprio sucesso econômico. Promoveu políticas que tirou muita gente da situação de pobreza e incerteza econômica, transformou-os em classe média. E agora, como sempre é penalizado em São Paulo, tem pago os custos de promover o crescimento de uma classe média que rejeita as políticas sociais e investe em moralismos.
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Dilma havia crescido nesta categoria social. A estabilidade econômica e a geração de emprego foi sentido por pessoas que formam um colchão entre os pobres e os de classe média de fato. Mas, retrocedeu tão logo Serra vestiu-se de representante dos valores da classe média. O jogo está claro, é preciso saber se as diferenças construídas podem se intensificar para um ou para outro.
Dilma havia crescido nesta categoria social. A estabilidade econômica e a geração de emprego foi sentido por pessoas que formam um colchão entre os pobres e os de classe média de fato. Mas, retrocedeu tão logo Serra vestiu-se de representante dos valores da classe média. O jogo está claro, é preciso saber se as diferenças construídas podem se intensificar para um ou para outro.
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